segunda-feira, 9 de julho de 2007

URGENTE: Dimenões de Testes X Certificações















Artigo: URGENTE - Dimensões de Testes X Certificações

Autor: Leonardo Molinari

Texto:

1- Qual a real a motivação de escrever este artigo?

Pessoal,

muitos autores não fazem isto, mas por ser por demais polêminco este artigo, resolvi tratar
de justificar-me antes para todos poderem entender a essência da realidade.

Todos temos qualidades e defeitos, enquanto ser humano. Para cada um realizar seus sonhos o
verdadeiro céu é o limite. Tudo depende de esforço, foco e saber criar e aproveitar as
oportunidades. Papo de motivação? Sim e não, pois muitas coisas que são verdadeiras são
frutos de alguns atributos da persolnalidade humana: coragem, simplicidade e fé. Existem
outros atributos e destaco esses três acima.

No meu caso quando falo de coragem é porque ao longo dos anos fui cercado de observações e
troca de idéias devido a minha ousadia em escrever artigos, livros e dar palestras de uma
forma aberta, afinal a melhor informação na minha visão não é aquela escondida mas aquela
melhor repartida e divida. Existem autores que finjem que escrevem, para deixar o
conhecimento para um curso. Todos querem seu lugar ao sol, mas a ética para alguns fica em
segundo plano. Não é meu caso.

Quando falo de fé, é em acreditar que não podemos desistir, devemos acreditar que com
esforço podemos ir mais além. Tanto a derrota como a vitória começa dentro de nós.

Quando falo de simplicidade, digo que ninguém é melhor que ninguém e que, na minha visão, cada um de nós tem um papel para contribuir fazendo parte de uma engrenagem maior. Podemos criar conhecimento através de duas visões tomando como base um elemento qualquer: ou esse conhecimento pode ser simples de modo a captar verdadeira essência do que quer representar, ou podemos criar algo complexo colocando conhecimentos diversos para gerar algo que mesmo sendo elementar é complexo e dífícil de se entender. Tenho observado que quando a essência é simples podemos construir novos conhecimentos mais complexos a partir destes, tal qual uma criança brinca com brinquedos/tijolos de encaixe, tipo "lego", de tal forma pode montar novos "brinquedos" a partir das pequenas peças.

Em julho deste ano vi um filme lindo para crianças mas que possui muita complexidade adulta:
Ratatouille, uma animação da Pixar/Disney. Não vou entrar em detalhes do filme, mas o fato é
que a história gira em torno de um ratinho que tem habilidades para cozinhar e que desejava
ser chef de cozinha.

O fato é que coragem, simplicidade e fé foram os atributos destacados pelo pequeno heroi no
filme acima. È importante fazer lembrar, que alguns gerentes e executivos usam o processo de
cozinhar em suas casa como um lazer, usando isto como um processo de revisão e aprendizado. Cozinhar é para cada prato um "mini-projeto". Seleção e levantamento dos ingredientes. Fazem parte de cozinhar: organização, gerenciamento do desenvolvimento e entrega, é claro, do prato, colocando-o em produção, ou melhor, na mesa para devida degustação. O fato é que isto faz lembrar algo mais importante: simplicidade. Quando lidamos com coisas básicas tendemos a olhar as coisas e rever as coisas na ótica da simplicidade. Muitas coisas maravilhosas são simples.

A essência do meu "META-MODELO DAS DIMENSÕES DE TESTES", ou modelo de dimensões de testes (ou apenas DIMENSÕES DE TESTES) é a SIMPLICIDADE. É um modelo que permite criar modelos e entender os tipos de testes, técnicas (e que se confundem com tipos de testes), testes de uma maneira mais simples. Mais a frente você o entenderá de uma maneira simples.

Aqui a minha coragem de escrever este artigo é porque o mesmo modelo está em todos os meus 3 primeiros livros (TESTES DE SOFTWARE, BTO, GERENCIA DE PROJETOS) da Ed. Érica. O meu livro de Testes é usado como livro base em certificação aqui no BRASIL. Ao mesmo tempo meu modelo é muito similar a um outro modelo exposto em outro livro que coincidentemente usa apenas "uma dimensão a menos" (ou sem uma das dimensões de meu modelo original), e no caso nenhuma fonte de fato é citada na página de exposição. Pode ser coincidência, pode ser algo novo, mas meu livro veio antes e é citado nas referências ao fim do livro usado livro principal da certificação. Tudo bem, o leitor ganha ao ver diversos pontos de vistas e maneiras de pensar, mas como se trata de uma certificação, pode haver dualidade. Então eu proponho algo simples que já deve estar sendo posto na prática: usem o modelo do outro livro que tem maior peso para quem quer tentar se certificar, porém usem o meu modelo se quiserem criar e montar modelos e usar testes na prática. Não há problema nenhum e é saudável.

Um outro ponto importante, é que para QUALQUER um que deseje contra-argumentar o meu artigo aqui, peço que o faça aqui de modo a não sobrecarregar outros foruns. Eu mesmo não
responderei questões e duvidas deste artigo se as mesmas não forem colocadas aqui no meu blog. Objetivo: Transparencia.

Caro Leitor, sem as considerações acima, principalmento no que se refere a "simplicidade"
você não entenderia a essência "simples" do META-MODELO DAS DIMENSÕES DE TESTES.

2- Para que serve o META-MODELO???

O META-MODELO DAS DIMENSÕES DE TESTES é aberto. Você ou qualquer um pode usá-lo para criar novos modelos e metodologias de testes.

Ele é um modelo que serve para avaliar e criar (principalmente) novos modelos. Você pode até "pegar" uma metodologia ou um modelo atual e "jogá-lo" no META-MODELO e verá que todos os modelos existentes podem ser derivados destes. Estaria fazendo neste caso uma engenharia reversa.

3- Antes: Qual o maior problema em todas as literaturas de testes?

O maior problema é definição dos tipos de testes, técnicas. Todos os autores "literalmente"
batem cabeça quando se trata de definir algo pois um muitos casos diversos autores criam e recriam conceitos confundindo mais ainda a cabeça das pessoas. Estou errado? No Brasil por mais que tenhamos a ABNT, e ela possui em seus autos definições de diversos tipos de testes, não é levada a sério em alguns casos. Diferênças básicas como "o que é um defeito e o que é um bug (ou falha)?" não são explicadas corretamente. Em meu livro de Testes coloco com glossário o que a ABNT define em termos "oficiais" explicando em detalhes. Tento ensinar.

4- Como O META-MODELO resolve o maior problema das literaturas de testes?

Simples: tudo são testes. Tudo são tipos de testes que possuem cada uma categoria. Isto mostra
que podemos realizar mais de um tipo de teste ao mesmo tempo. SIMPLICIDADE É SUA ESSÊNCIA.

REPITO: TUDO SÃO TIPOS TESTES... E é verdade. Por exemplo, podemos fazer um teste funcional com um unitário ao mesmo tempo. Podemos fazer um caixa-branca com funcional ao mesmo tempo.

Calma... Não se questione tanto. ABRA SUA MENTE. A simplicidade é a essência aqui. Percebi
os tipos de testes que tem algo em comum e agrupei-os de forma natural.

Mas e a técnica? Você está louco?? Não Caro Leitor. Memso quando estivermos tratando de
"técnicas de testes" mais complexas elas são também testes.

5- Quais as dimensões ou grupos do META-MODELO???

No meu livro de Testes de Software na pagina 58, topico "Dimensões de Testes", agrupo os
tipos de teses em 4 dimensões:

a) META: tipos de testes que lidam com objetivos. Teste Funcional, Performance, Carga,
Aceitação de USuário, etc;

b) MOMENTO: é tipo de teste que está ligado ao momento de teste (em termos do clico de vida
do objeto a ser testado), ou profundidade. Testes unitário, integração, sistemicos,
pós-produção, etc.

c) TÉCNICA: tipo de teste ligado mais ao "como se testa" do que ao "precisamos testar". Teste de Caixa-Branca, Caixa-Preta, Caixa-Cinza, etc.

D) AMBIENTE: tipo de teste que está mais ligado ao ambiente físico, ou imaginário, de teste.
Teste WEB, Teste MainFrame, etc.

6- Como vou usar o meta-modelo???

Se você tem dúvidas quanto aos tipos de teste, aqui você vê que claramente que podemos distinguir um tipo de teste de outro tipo.
Um exemplo clássico de confusão é entre Teste Funcional e Teste de Caixa-Preta. No primeiro
você tem objetivo de testar as funcionalidades do sistema ou do objeto-alvo de teste, no
segundo você trata o objeto de teste como uma caixa-preta, testando suas combinações de
saidas e entradas. O problema é que muitos não querem explicar.

Se você quer criar um modelo de testes, pense da seguinte forma: O ideal seria você testar
todos tipos de testes e em todas as dimensões. Mas na prática usamos duas dimensões no
máximo ou usamos poucos tipos de testes por dimensão. Se colocar num gráfico simples, você
verá sub-conjunto maiores.

Ele pode ser usado para medir o nível qualidade.

7- E os processos e atividade que compõe uma metodologia???

E o processo ??? E as atividades??? Não são aqui. Quando você os define os tipos de testes
e sua amplitude, temos um "meta-modelo". Quando começarmos colocar os papeis, atividades,
etc, veremos que isto são "instaâncias" ou particularidades de cada ambiente. Aí é a
implementação de um processo típico qualquer: Papeis, atividades, dependências, etc. Neste ponto vemos nascer um modelo ou uma metdologia

8- Existe prova concreta de uso do META-MODELO?

Sim. Desde 2002 tenho usado ele em diversas empresas, treinamentos, palestras e
principalmente em consultorias especiais. Cito o caso de um Banco na Venezuela que usei o
META-MODELO para reorganizar o processo de testes. Montei em minutos o modelo, e com isto pude derivar um novo modelo corrigido. Detectou-se problemas com o modelo real anteriormente usado que foi corrigido em pouco tempo com o novo modelo derivado do META-MODELO.

9- Posso criar coisas novos com o META-MODELO???

Sim!!! Você pode e deve fazê-lo. Eu por exemplo percebi a existencia de outros dois tipos de
testes que pertenciam a mais de uma dimensão. E nao era uma terceira dimensão. Era OUTROS
TESTES. Ambos foram expostos no Congresso da ALATS no Rio de Janeiro. Já falei destes outros artigos e breve estarei trazendo-os novamente.

ISTO MESMO: criei, ou melhor, percebi novos tipos de testes!!!!

10- Qual o meu grande desafio para com o META-MODELO???

O meu grande desafio é provar que eu não posso derivar um modelo ou metodologia deste. O grande desafio é encontrar uma "bug" no modelo que o derrube, ou o que reorganize. Pois até agora, todos os modelos conhecidos podem ser derivados do META-MODELO DAS DIMENSÕES DE TESTE. Sabe porque? A simplicidade permite que ele possa ser genérico de fato.

Caro Leitor, você aceita o desafio?... Um exemplo "clássico de derivação" aqui seria que o
famoso modelo "V" é um mero Sub-Conjunto do META-MODELO. Caracterizando que podemos derivar um modelo "V" do Meta-Modelo... Veja imagem acima.

Lembre-se: o META-MODELO É UM MODELO PARA CONSTRUIR MODELOS.

Em outro artigo aqui no BLOG estarei entrando em detalhe passo-a-passo de como criar modelos usando o META-MODELOS.

Veja no inicio deste artigo a imagem e tenha noção macro de como criar modelos.

11 - Fontes

  • MOLINARI, Leonardo. Gerência de Configuração - Técnicas e Práticas no Desenvolvimento do Software, Editora Visual Books, 2007, Florianópolis, 85-7502-210-5.

  • ___________. Gerência de Projetos - Técnicas e Práticas com Ênfase em Web, Editora Érica, 2004, São Paulo, 85-7194-0050.

  • ___________. Testes de Software - Produzindo Sistemas Melhores e Mais Confiáveis, Editora Érica, 2006, 3a Edição, São Paulo, 85-7194-959X.

3 comentários:

Leonardo Molinari disse...

Pessoal,

veja um comentário que me foi enviado e que mostra a importancia de processos. Este texto se originou quando fui divulgar a atuialização semanal de meu blog, em especial com destaque para este meu artigo polêmico . Este meu artigo já desencadeia coisas positivas, seja de forma direta ou indireta (caso em questão).

[]s

Leonardo Molinari

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MEU COMENTÁRIO:
--------------

Grande Luis,

fico feliz pela sua mensagem. Com certeza está na
minha lista tocar a elaboração de artigos muitissimos
especificos em processos. O meu ultimo artigo editado
esta semana, mesmo com titulo diferente toca em
processo / metodologias, e já indico que haverá um
artigo tratando isto em detalhes/passo-a-passo dentro
deste (vc leu mesmo o meu artigo???). Não tem como
evitar falar de processos mesmo para quem não gosta ou
finge que gosta, quando queremos atingir algo maior:
QUALIDADE. Muitos tem medo. O meu blog está lá para
quebrar estes paradigmas. A sua brilhante duvida e
observação é um exemplo vivo disto. No caso de BPM,
não poderei deixar de falar, pois quando falamos de
processos naturalmente BPM se destaca.

A sua observação e questionamento virará um comentário
de meu ultimo artigo em breve (hoje mesmo!!!), é
transparência total como aconteceu com no caso do
artigo que toca no fato de DEFICIENTES FISICOS que
atuam na área de testes, no caso de testes de
acessibilidade. O espaço é de todos sem preconceitos.
Correto?? Inclusive esta minha resposta estará inteira
lá. Somente excluirei seu e-mail da menssagem por
questões éticas.

Agradeço e considero a sua atenção, pois é fundamental
quando um mediador age desta forma pro-ativa. Se todos
fossem agir assim a sociedade seria bem melhor e
teriamos menos atritos e injustiças.

Até inclusive detalhei melhor o Titulo de meu Blog,
"explicitando" as palavras Metodologias e Processos em
sua descrição para que a transparência melhorasse para
todos (pode ver agora!).

Se vc você não agisse assim, poderiam ocorrer
injustiças e o ambiente de discussão se tornar
negativo. Não é o meu caso, e minha causa é nobre.
Como profissional ético que sou, e autor de diversos
livros, a minha transpartência é grande.

A Qualidade é transformadora. Processo estpa em tudo
na vida. Precisamos entender eles. As pessoas mudam e
os processos mudam. Mesmo o melhor sistema tem um
processo por trás. Para você testar, criar requisitos,
gerir configuração, melhorar a qualidade precisamos
lidar e otimizar processos. Alguns podem não gostar de
lidar com processo ou modela-lo, mas não podemos
nega-lo. "A verdade está lá fora".

Quanto ao meu perfil de atuação/contribuição em
grupos, sempre atuei de forma discreta e sóbria, de
modo a respeitar o ritmo de cada um e não inibir a
participação de outros. Mas sempre acompanhando o
máximo possível. Estou sempre indicando soluções,
ferramentas e técnicas para diversos grupos, alguns
com mais regularidade e outros com menos e outros de
forma sazonal dependendo do grupo de artigos que
esteja lendo no momento. Fico feliz por cada
participação e contribuição.

Super-hiper-obrigado.

[]s

Leonardo Molinari

E-MAIL ENVIADO
--------------

--- Luis escreveu:

> Prezado Leonardo, boa tarde.
>
> Esta mensagem é particular e está sendo enviada
> somente para você, não para
> o BPM-Forum.
>
> Em primeiro lugar, parabéns pelo sucesso do seu
> último livro e do seu blog.
> Esse sucesso é com certeza o reconhecimento de muito
> trabalho e conhecimento
> adquirido nos últimos anos. Continue trilhando esse
> caminho.
>
> Como moderador do BPM-Forum e conhecendo o público
> do mesmo, peço-lhe a
> gentileza de preventivamente moderar a freqüência de
> envio de mensagens como
> esta. Alternativamente, você pode propor para
> discussão no grupo artigos do
> seu blog ou de terceiros sobre BPM.
>
> Conto com sua compreensão nesse assunto delicado,
> mas acho melhor conversar
> com você preventivamente do que esperar as pessoas
> do grupo se manifestarem
> publicamente, o que já aconteceu antes em episódio
> semelhante a esse.
>
> Um abraço,
> Luis

Anônimo disse...

Leonardo

Existe algum nível hierárquico entre as 4 dimensões do Meta-Modelo?

[]´s

Leonardo Molinari disse...

José,

Não existe nível hierárquico entre as dimensões. O que de fato é que na prática a dimensão "meta" é a primeiro definimos por uma questão de objetivos organizacionais.

[]s

Leonardo Molinari